Rubens Barrichello
Barrichello guiou pela Scuderia Ferrari de 2000 a 2005, como companheiro de equipe de Michael Schumacher, desfrutando de um grande sucesso, incluindo terminar como vice-campeão em 2002 e 2004. A aposentadoria de Schumacher no final de 2006 fez de Barrichello o piloto mais experiente do grid e, no Grande Prêmio da Turquia de 2008, ele atingiu a marca de 257 largadas, tornando-se o piloto com maior número de corridas disputadas na Fórmula 1. Em 2010, no Grande Prêmio da Bélgica de 2010, atingiu a incrível marca de 300 GPs disputados.
Após competir pela Brawn GP na temporada de 2009, ele foi confirmado para temporada de 2010 na equipe Williams, tendo renovado para temporada de 2011. Em 2011 Rubens disputou sua 19ª temporada, tornando-se o piloto com maior número de temporadas ininterruptas disputadas. Na temporada de 2012, após ser substituído na Williams por Bruno Senna, Barrichello não encontrou oportunidade em outra equipe e, por essa razão, não disputou o campeonato. Com isso, ele correu Fórmula Indy em 2012, mas ainda no mesmo ano optou por correr na Stock Car Brasil.
CARREIRA
Primeiros anos:
Rubinho conquistou cinco títulos brasileiros de kart, sendo considerado imbatível na época. Fez um ano de F-Ford no Brasil (1989), tendo vencido a primeira etapa em Florianópolis, circuito de rua e com pista molhada. No ano seguinte, foi competir na Europa. Foi campeão da Fórmula Opel em seu ano de estréia, 1990 com seis vitórias, sete pole positions e sete voltas mais rápidas. No ano seguinte foi campeão da Fórmula 3 inglesa, pela equipe West Surrey Racing, derrotando David Coulthard. Aos dezenove anos foi então para a Fórmula 3000 na qual terminou em terceiro lugar na classificação geral.
Rubens Barrichello no Kart em 1988
E aqui na Fórmula Ford em 1989
FÓRMULA 1
1993 - 1996: Jordan
1993 - O início de sua carreira na F-1 se deu pela equipe Jordan no J193 equipado com os regulares motores Hart e cujo chassis era a evolução do carro do ano passado, que por sua vez foi o chassis do ano anterior adaptado. Foi um ano de aprendizado, conseguindo uma performance sólida pelo que o carro oferecia, quando não quebrava.
Barrichelo com a Jordan de 1993, ano de sua estréia na F-1.
Rubens Barrichello com Ayrton Senna o qual considerava uma celebridade, em 1993.
1994 - Ainda com os motores Hart, dessa vez a Jordan criara um chassis mais equilibrado e rápido, possibilitando a Barrichello disputar pódios e mesmo marcar uma pole-position em Spa. Seu acidente em Ímola e a morte de Senna foram os destaques negativos do ano.
Barrichello com a Jordan de 1994.
1995 - Agora com uma parceria com a Peugeot, a equipe Jordan proporcionaria a Barrichello um carro melhor, certo? Errado. O carro nasceu mal projetado, com problemas sérios de confiabilidade, sobretudo no frágil motor e na embreagem, impedindo o brasileiro de completar as corridas que conseguia se destacar, perdendo alguns pódios certos.
E aqui a Jordan de 1996 com a pintura parecida à de suas antecessoras.
1996 - Carro mais uma vez mal concebido, tinha grande velocidade nas retas mas sofria de falta crônica de carga aerodinâmica na parte traseira, o que comprometia a tração do carro nas curvas de baixa e desgastava os pneus. O clima entre a equipe e o piloto azedou e Rubens foi para a Stewart ao fim da temporada.
Rubens Barrichello com a Jordan de 96, seu último ano na equipe.1997-1999: Stewart
1997 - Equipe nova, vida nova. Sob o comando de Jackie Stewart, Barrichello voltou a receber a confiança que merecia e consequentemente fez uma boa temporada com o equipamento de uma equipe novata, com problemas de confiabilidade que o noviciado impõem. Os motores Ford também se mostram frágeis. O segundo lugar de Barrichello em Mônaco (marcando os únicos pontos da equipe) foi o destaque do ano.
Barrichello estréia pela Stewart em 1997.
1998 - Com um carro projetado com foco principalmente em aerodinâmica, enfrentou problemas de câmbio e eletrônica. Com poucos recursos, a equipe não conseguiu corrigir a trajetória ao longo do ano e perdeu desempenho. Destaque para o 5º lugar em Barcelona.
Aqui também com a Stewart em 1998.
1999 - Com uma parceria mais forte com a Ford o que passou a investir mais na equipe e entregou um novo motor o menor do grid, a Stewart pode investir mais no carro, permitindo a Rubens um ano mais sólido. No meio do ano a Ford comprou a equipe e anunciou que em 2000 se chamaria Jaguar, e ofereceu a Barrichello a chance de ser o 1º piloto, mas o brasileiro preferiu apostar suas fichas numa equipe de ponta já estabelecida e aceitou o convite para pilotar a Ferrari e ser companheiro de equipe do temido e polêmico Michael Schumacher.
O último ano de Barrichello na Stewart, 1999.
2000 - 2005: Ferrari
2000 - Em seu primeiro ano na Ferrari, Barrichello percebeu que a estrutura da equipe era bem maior do que a que estava acostumado na Jordan ou Stewart. Também percebeu que pela primeira vez estava numa equipe que poderia lhe oferecer equipamento para disputar vitórias, o que conseguiu em Hockenhëim numa corrida memorável. O peso de estar numa equipe grande e ter seu país (e a principal emissora de TV) cobrando um título pós-Ayrton Senna pesaram mais do que nunca.
Apresentação de Rubens Barrichello na Ferrari em 2000.
Sua primeira vitória na F-1 veio também nesta temporada no Grande Prêmio da Alemanha. Veja o vídeo abaixo na voz de Galvão Bueno.
Rubinho no pódio do GP da Alemanha 2000, sua primeira vitória.
2001 - Em um ano sem vitórias pela equipe italiana, Barrichello agradou um pouco a torcida com desempenho sólido e constante o ano todo. Infelizmente com o carro deste ano, apesar de muito competitivo, não "casou" bem com o estilo do brasileiro. Assim como no ano anterior, a ajuda de Rubens foi decisiva na conquista do título de Schumacher e da Ferrari.
Barrichelo com a Ferrari de 2001.
2002 - Com um carro que se aproximava da perfeição, Barrichello teve condições de voltar a vencer corridas. Mesmo enfrentando alguns problemas mecânicos que tendiam a acontecer apenas em seu carro, acabou vice-campeão, perdendo alguns pontos e vitórias garantidas "em nome da equipe", (como no famigerado GP da Áustria) e tendo que correr com um carro defasado em relação ao companheiro em pleno GP Brasil, evidenciando a prioridade de tratamento dos italianos por Schumacher.
Rubens Barrichelo com a Ferrari de 2002.
2003 - Sendo um carro muito bom (o predileto de Barrichello até hoje), o F-2003GA proporcionou a Barrichello a oportunidade de voltar a frequentar os pódios e a vencer corridas, (Silverstone e Suzuka), mas enfrentou alguns problemas de confiabilidade em 3 etapas do campeonato, como na Hungria por exemplo, onde a equipe culpou a pilotagem do piloto pela absurda quebra de suspensão em plena reta.
Aqui com a Ferrari de 2003, o predileto de Rubinho.
2004 - Com esse carro Barrichello volta a desfrutar de um equipamento muito superior aos das demais equipes. Uma vez mais, teve que se contentar com estratégias que beneficiaram Schumacher, sendo deixando em segundo plano. Ainda assim, com grande regularidade, conquistou vitórias na China e no Japão e outros 12 pódios, garantindo seu segundo vice-campeonato, sendo como nos quatro anos anteriores decisivo na conquista do campeonato de construtores para a Ferrari.
Barrichello com a Ferrari de 2004 onde conseguiu o vicê campeonato.
2005 - Em seu último ano na equipe italiana, Barrichello já estava cansado de ficar em segundo plano e rompeu seu contrato que valia até o fim do ano seguinte. O carro desse ano foi especialmente fraco, com falta de downforce, não obtendo dos pneus Bridgestone o mesmo desempenho que as rivais equipadas com Michelin. Ironicamente, a única vitória da Ferrari foi o GP dos EUA, onde todos os carros com pneus franceses não largaram pois seus eram muito frágeis e estouravam.
Ferrari de 2005, último ano de Barrichello com a escuderia.
2006 - 2008: Honda
Em 2006, Rubens passou por uma período de adaptação na equipe Honda tendo, no início da temporada, resultados inferiores aos de seu companheiro de equipe o britânico Jenson Button. No decorrer da temporada as performances dos pilotos acabaram por se igualar, com supremacia de um ou de outro, dependendo do circuito. Isso aconteceu até o GP dos Estados Unidos, quando Barrichello empatou com Button no campeonato, somando 16 pontos. Mas na segunda metade do campeonato, o inglês foi bem superior. Button venceu 1 corrida, conseguiu outro pódio e somou 40 pontos, enquanto o brasileiro somou apenas 14, ficando atrás por 56x30, em pontos, no campeonato.
Porém, em 2007, a equipe Honda não conseguiu criar um carro no nível das outras equipes da Formula 1 que tem orçamento anual semelhante ao seu. Rubens Barrichello passou o ano sem marcar nenhum ponto. Button conseguiu marcar 6.
Em 2008, a equipe Honda também não criou um carro competitivo, mas ainda assim foi (pouco) melhor do que o de 2007, permitindo que Rubens Barrichello pontuasse em três provas (GP de Mônaco, GP do Canadá e GP da Inglaterra) e obtivesse pódio (3º lugar no Grande Prêmio da Inglaterra), graças a uma estratégia bem sucedida executada durante a corrida, onde a equipe trocou os pneus intermediários por compostos de chuva forte, que eram os mais adequados às condições da pista. Rubens Barrichello conquistou 11 pontos e Jenson Button 3 pontos.
Barrichello muda-se para Honda. Aqui com o carro de 2006... |
... Em 2007... |
... E 2008, seu último ano, devido o abondono da Honda na F-1. |
2009: Brawn GP
Após muitas especulações de que a Honda já estava abandonando a categoria (devido à crise financeira mundial, que culminou também na saída das equipes da Toyota e BMW (esta em 2009), eis que Ross Brawn compra todos os direitos da antiga equipe de Fórmula 1, pelo valor simbólico de uma Libra. Então Barrichello, tido como piloto aposentado no final de 2008, foi confirmado em 2009, para correr novamente ao lado de Button, na Brawn GP, equipada com motores Mercedes. Em 12 de Março de 2009, a bordo de seu Brawn GP, quebrou o recorde do circuito de Montemeló. Na sua primeira corrida pela Brawn GP, o Grande Prêmio da Austrália de 2009, terminou na segunda colocação,sendo seu companheiro Jenson Button o vencedor da etapa. Já na segunda prova deste ano, Barrichello, com a prova terminada a 24 voltas do final, acabou ficando na quinta posição, ganhando apenas metade dos pontos que ganharia se a corrida tivesse terminado sem problemas, ou seja: ganhou apenas 2 pontos.
No Grande Prêmio da Europa de 2009, disputado em 23 de agosto de 2009 em Valência, na Espanha, Rubens conquista sua primeira vitória na temporada, a décima na carreira e a centésima de pilotos brasileiros na principal categoria do automobilismo mundial. Em 13 de setembro, consegue a segunda vitória em 2009, no Grande Prêmio da Itália, disputado no autódromo de Monza. Já em 17 de outubro, consegue fazer a pole position em casa, no GP do Brasil. Com o feito, Rubens faz a sua primeira pole do ano e a primeira em cinco anos, desde o GP da China de 2004.
Ao final do GP do Brasil, na oitava posição,Rubens não conseguiu impedir que Jenson Button conquistasse o título da temporada e levar a decisão para o Grande Prêmio de Abu Dhabi. E no GP de Abu Dhabi, o último da temporada de 2009, viu o alemão Sebastian Vettel conquistar o vice-campeonato ao chegar apenas na quarta posição, enquanto o alemão venceu a corrida. Barrichelo terminou o campeonato com a terceira colocação e 77 pontos somados.
2009 - Barrichello se junta a Brawn GP, único ano da equipe na F-1. |
2010 - 2011: Williams
Em 2 de outubro de 2009 a equipe Williams confirmou a contratação do piloto para a temporada de 2010 com opção também para 2011. Sua estreia pela nova equipe foi no Grande Prêmio do Bahrein de 2010, disputado em 14 de março, terminando a corrida na décima posição.
Em 2010, Barrichello uniu-se a equipe Willians. |
Barrichello foi bastante elogiado no início da temporada, pelo diretor técnico Sam Michael, pela ajuda que estaria dando no desenvolvimento do carro. Seus melhores resultados na primeira metade da temporada foram um quarto lugar no GP da Europa, em Valência, e um quinto lugar no GP da Inglaterra, em Silverstone.
Em 11 de novembro de 2010, foi confirmada sua renovação de contrato com a Williams, para a temporada 2011.
No dia 11 de janeiro, Rubens foi o escolhido pela equipe para estrear o novo modelo, FW33, no primeiro dia de testes da pré-temporada realizados em Valência, a partir de fevereiro.
Em resumo, a equipe pagou caro pela ousadia no carro, com a estreia do cambio miniaturizado, além de terem alguns problemas de projeto, não encontraram um caminho para o carro, sem entender seu funcionamento, acabou tendo uma das piores temporadas de sua história. Ao fim do ano, a equipe somou apenas 5 pontos, sendo 4 deles conquistado por Barrichello.
Willians de 2011. Carro que proporcionou a Barrichello uma temporada bastante ruim. |
FÓRMULA INDY
No dia 30 de janeiro de 2012, o brasileiro participou de testes pela equipe KV Racing da Fórmula Indy, onde corre Tony Kanaan, seu amigo pessoal. No dia 1 de março, durante entrevista coletiva de imprensa em São Paulo, foi anunciado oficialmente seu ingresso na categoria.
A estréia aconteceu no dia 25 de março, no Grande Prêmio de São Petersburg, na Flórida. Barrichello terminou a corrida em 17º lugar.
Na etapa seguinte, no Grande Prêmio do Alabama, após largar em na 14ª colocação, Barrichello conseguiu se recuperar, terminando a corrida em 8º.
Na etapa de Long Beach, Barrichello largou em 22º lugar no grid, após punição de dez lugares imposta a todos os carros com motores da Chevrolet, trocados antes da milhagem permitida. Com um bom desempenho, chegou a ocupar a quarta colocação, mas foi obrigado a parar para reabastecer quando faltavam sete voltas para o final. Na ultima volta, ocupava a sétima colocação quando foi atingido por Helio Castroneves, terminando a classificação em 9º.
No dia 7 de maio, Barrichello pilotou pela primeira vez em um circuito oval durante testes realizados no circuito Texas Motor Speedway, em Fort Worth. No dia 10, participou de testes realizados no circuito oval de Indianápolis, dedicados aos estreantes da categoria.
Rubens Barrichello na equipe KV Racing da Fórmula Indy. |
STOCK CAR BRASIL
Em 24 de setembro de 2012, Barrichello confirmou sua participação na última etapa da temporada da Stock Car Brasil de 2012, a convite da equipe Medley/Full Time. Durante os primeiros testes realizados no dia 15 de outubro, foi divulgado que sua estreia na categoria seria antecipada para a segunda etapa de Curitiba. Após largar em 15º lugar no grid, Barrichello sofreu com a confusão na largada e um pneu furado, terminando a corrida em 22º lugar.
Em 27 de dezembro de 2012, Rubinho confirmou o acerto para a temporada da Stock Car Brasil de 2013, com a equipe Medley/Full Time.
Em 2013, Barrichello conquistou o primeiro pódio na categoria ao chegar em segundo lugar na etapa de Salvador.
Confirmando sua ascendência na categoria, Barrichello largou da 7º posição na conturbada etapa de Brasilia, realizou ultrapassagens e chegando na 4º posição. Arrancando elogios do diretor técnico da Medley/Full Time, Mauricio Ferreira.
Barrichello correndo pela equipe Medley Full Time da Stock Car Brasil 2013. |
TELEVISÃO:
Atualmente, Barrichello também atua como comentarista da TV Globo nas transmissões das corridas de F-1 ao lado do narrador Galvão Bueno e dos outros comentaristas Reginaldo Leme e Luciano Burti.
Estatísticas na F-1
Atualmente, Barrichello também atua como comentarista da TV Globo nas transmissões das corridas de F-1 ao lado do narrador Galvão Bueno e dos outros comentaristas Reginaldo Leme e Luciano Burti.
Rubinho como comentarista da TV Globo no GP do Brasil de 2012.
Estatísticas na F-1
Rubens Barrichello chegou ao GP do Brasil de 2011 sendo o piloto com maior participação em grandes prêmios: 326, com 322 largadas (contra 306 de Schumacher e 256 de Patrese). Outras marcas destacam o desempenho do piloto:
- 209 provas concluídas na zona de pontuação;
- 68 pódios (sendo o quinto piloto a subir mais vezes ao pódio da Fórmula 1);
- 658 pontos conquistados (sendo o 7º maior pontuador).
CONQUISTAS:
Prêmios
Melhor novato Indy 500 - 2012
Títulos
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