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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
domingo, 18 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Jochen Rindt - Um campeão "post-mortem"
No ano de 1970, o líder da temporada Jochen Rindt morria vítima de gravíssimo acidente na entrada da curva Parabólica durante o treino classificatório do GP da Itália daquele ano. Mas pouco depois, e muito graças à vitória conquistada por Emerson Fittipaldi em Watkins Glen, Rindt tornava-se o primeiro e único campeão póstumo da história da F1
Jochen Rindt
A Lotus foi uma das maiores escuderias da F1 e, nos anos 1970, perdia em números de títulos apenas para a Ferrari. Com seis títulos, a equipe de Colin Chapman teve cinco campeões diferentes em seus carros: Jim Clark (1963 e 1965), Graham Hill (1968), Emerson Fittipaldi (1972), Mario Andretti (1978) e Jochen Rindt (1970). Este último difere dos demais por uma trágica característica: é o único campeão da F1 a conquistar o título depois de morto.
Jochen Rindt no GP da Inglaterra de 1970
Quando a F1 chegou a Monza, a tabela apontava Jochen Rindt, da Lotus, com 45 pontos; Jack Brabham, em seu carro próprio, com 25; Denny Hulme, da McLaren, com 20; Jacky Ickx, da Ferrari, e Jackie Stewart, da March, com 19. Para o austríaco da Lotus, bastava vencer em Monza e Brabham não chegar ao pódio para conquistar o título.
Era uma briga entre juventude e experiência: o austríaco tinha apenas seis temporadas na categoria. Já o australiano tinha 14 temporadas completas na F1, era tricampeão do mundo e dirigia por uma equipe própria. Brabham liderou o campeonato até o GP da Bélgica. No segundo terço do campeonato, Rindt emendou quatro vitórias seguidas e disparou na liderança.
Jochen Rindt com sua esposa no fim de semana do GP da Áustria
Na segunda parte do campeonato, quem começou a despontar foi a Ferrari de Jacky Ickx. Após um péssimo início de campeonato, o belga obteve três pódios em cinco corridas: terceiro na Holanda, segundo na Alemanha e a vitória na Áustria. Com isso, o ferrarista chegou junto na briga pelo vice-campeonato e sonhava com uma virada em cima de Rindt.
Durante os treinos de sexta-feira, Ickx foi o primeiro, com Clay Regazzoni e Ignacio Giunti colocando as outras duas Ferrari nas três primeiras posições do grid. A Lotus não tinha bom rendimento, e Rindt foi apenas sexto com a Lotus 72C. Rindt, descontente com o carro, queria guiar o modelo antigo, o Lotus 49. Emerson Fittipaldi escapou na entrada da Parabólica e foi parar no meio das árvores do Parque de Monza: milagrosamente, o brasileiro nada sofreu.
Colin Chapman decidiu então trocar o motor de Rindt, e o austríaco tomou uma temerária decisão: pediu à equipe para arrancar as asas dianteiras do carro. A ideia era aproveitar as retas de Monza, e o piloto iria se virar para segurar o carro nas curvas. John Miles e Emerson Fittipaldi acharam a ideia de Rindt ‘coisa de louco’ — e mantiveram as asas em seus bólidos.
Rindt sofre acidente fatal na entrada da curva Parabólica em Monza
Mas Rindt, durante o sábado, tentou de todo modo tomar a pole de Ickx. Na reta que antecede a Parabólica, o austríaco passou a McLaren de Hulme, mas os freios da Lotus falham: no mesmo lugar onde Fittipaldi bateu na véspera.
Em um lance de trágico azar, Rindt bate o carro não no guard-rail, mas no pilar de concreto que sustentava as lâminas de metal. O austríaco não gostava do cinto de segurança apertado, de modo que seu corpo deslizou no cockpit. O cinto superior acabou por quebrar a traqueia do piloto. Para completar a tragédia, não havia helicóptero no circuito, e Rindt foi levado de ambulância para Milão, 40 km distante de Monza. Retirado vivo do carro, chegou morto ao hospital.
Ickx obteve a pole com facilidade, cravando 1min24s140, 0s220 à frente do mexicano Pedro Rodríguez, da BRM. Mas o clima de competição do GP da Itália havia desaparecido por conta da morte de Rindt. Era o terceiro piloto da F1 a morrer naquele ano, junto com Bruce McLaren e Piers Courage. Colin Chapman retirou seus carros da corrida.
O belga mantém a ponta após a largada, mas a transmissão da Ferrari quebrou na volta 25. Com isso, Regazzoni assumiu a ponta e venceu após outras 43 voltas. Foi a última vez que a corrida italiana teria 68 voltas. A multidão invadiu a pista para comemorar a primeira vitória de Regazzoni.
Jochen Rindt com o Lotus sem asa, que acabou por ser decisivo no acidente fatal
Os abandonos de Ickx e Brabham, aliados ao segundo lugar de Stewart praticamente decidiram o campeonato. Rindt tinha 20 pontos de vantagem para os vice-líderes e faltavam apenas as três provas na América do Norte para o fim do campeonato. Ickx venceria no Canadá e no México, mas o quarto lugar nos Estados Unidos, culminando com a vitória marcante de Emerson Fittipaldi em Watkins Glen, terminou com as pretensões de título do belga.
A F1 coroava o seu único campeão post-mortem.
Jochen Rindt
A Lotus foi uma das maiores escuderias da F1 e, nos anos 1970, perdia em números de títulos apenas para a Ferrari. Com seis títulos, a equipe de Colin Chapman teve cinco campeões diferentes em seus carros: Jim Clark (1963 e 1965), Graham Hill (1968), Emerson Fittipaldi (1972), Mario Andretti (1978) e Jochen Rindt (1970). Este último difere dos demais por uma trágica característica: é o único campeão da F1 a conquistar o título depois de morto.
Jochen Rindt no GP da Inglaterra de 1970
Quando a F1 chegou a Monza, a tabela apontava Jochen Rindt, da Lotus, com 45 pontos; Jack Brabham, em seu carro próprio, com 25; Denny Hulme, da McLaren, com 20; Jacky Ickx, da Ferrari, e Jackie Stewart, da March, com 19. Para o austríaco da Lotus, bastava vencer em Monza e Brabham não chegar ao pódio para conquistar o título.
Era uma briga entre juventude e experiência: o austríaco tinha apenas seis temporadas na categoria. Já o australiano tinha 14 temporadas completas na F1, era tricampeão do mundo e dirigia por uma equipe própria. Brabham liderou o campeonato até o GP da Bélgica. No segundo terço do campeonato, Rindt emendou quatro vitórias seguidas e disparou na liderança.
Jochen Rindt com sua esposa no fim de semana do GP da Áustria
Na segunda parte do campeonato, quem começou a despontar foi a Ferrari de Jacky Ickx. Após um péssimo início de campeonato, o belga obteve três pódios em cinco corridas: terceiro na Holanda, segundo na Alemanha e a vitória na Áustria. Com isso, o ferrarista chegou junto na briga pelo vice-campeonato e sonhava com uma virada em cima de Rindt.
Durante os treinos de sexta-feira, Ickx foi o primeiro, com Clay Regazzoni e Ignacio Giunti colocando as outras duas Ferrari nas três primeiras posições do grid. A Lotus não tinha bom rendimento, e Rindt foi apenas sexto com a Lotus 72C. Rindt, descontente com o carro, queria guiar o modelo antigo, o Lotus 49. Emerson Fittipaldi escapou na entrada da Parabólica e foi parar no meio das árvores do Parque de Monza: milagrosamente, o brasileiro nada sofreu.
Colin Chapman decidiu então trocar o motor de Rindt, e o austríaco tomou uma temerária decisão: pediu à equipe para arrancar as asas dianteiras do carro. A ideia era aproveitar as retas de Monza, e o piloto iria se virar para segurar o carro nas curvas. John Miles e Emerson Fittipaldi acharam a ideia de Rindt ‘coisa de louco’ — e mantiveram as asas em seus bólidos.
Rindt sofre acidente fatal na entrada da curva Parabólica em Monza
Mas Rindt, durante o sábado, tentou de todo modo tomar a pole de Ickx. Na reta que antecede a Parabólica, o austríaco passou a McLaren de Hulme, mas os freios da Lotus falham: no mesmo lugar onde Fittipaldi bateu na véspera.
Em um lance de trágico azar, Rindt bate o carro não no guard-rail, mas no pilar de concreto que sustentava as lâminas de metal. O austríaco não gostava do cinto de segurança apertado, de modo que seu corpo deslizou no cockpit. O cinto superior acabou por quebrar a traqueia do piloto. Para completar a tragédia, não havia helicóptero no circuito, e Rindt foi levado de ambulância para Milão, 40 km distante de Monza. Retirado vivo do carro, chegou morto ao hospital.
Ickx obteve a pole com facilidade, cravando 1min24s140, 0s220 à frente do mexicano Pedro Rodríguez, da BRM. Mas o clima de competição do GP da Itália havia desaparecido por conta da morte de Rindt. Era o terceiro piloto da F1 a morrer naquele ano, junto com Bruce McLaren e Piers Courage. Colin Chapman retirou seus carros da corrida.
O belga mantém a ponta após a largada, mas a transmissão da Ferrari quebrou na volta 25. Com isso, Regazzoni assumiu a ponta e venceu após outras 43 voltas. Foi a última vez que a corrida italiana teria 68 voltas. A multidão invadiu a pista para comemorar a primeira vitória de Regazzoni.
Jochen Rindt com o Lotus sem asa, que acabou por ser decisivo no acidente fatal
Os abandonos de Ickx e Brabham, aliados ao segundo lugar de Stewart praticamente decidiram o campeonato. Rindt tinha 20 pontos de vantagem para os vice-líderes e faltavam apenas as três provas na América do Norte para o fim do campeonato. Ickx venceria no Canadá e no México, mas o quarto lugar nos Estados Unidos, culminando com a vitória marcante de Emerson Fittipaldi em Watkins Glen, terminou com as pretensões de título do belga.
A F1 coroava o seu único campeão post-mortem.
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Local:
Itarare, SP
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