sábado, 25 de maio de 2013

Grande Prêmio do Brasil de 1974

São Paulo, 27 de Janeiro de 1974.

Em 1974 o brasileiro Emerson Fittipaldi acabou sendo seduzido pelo conjunto McLaren/ Marlboro ($$$) e se tranferiu para lá. Já Ronnie Peterson acabou se tornando o piloto nº 1 da Lotus e Niki Lauda estava estabilizado na Ferrari. Além disso, Reutemann teria uma promissora e aperfeiçoada Brabham “pirâmide” em suas mãos. A projeção que formou foi de que teríamos um campeonato bastante disputado.


Brabham pirâmide de Carlos Reutemann.

A 1ª etapa da temporada de 74 aconteceu em Buenos Aires e vencida por Denny Hulme (McLaren), seguido por Lauda e Regazzoni (Ferrari). Reutemann chegou em 6º e Emerson havia chegado apenas em 10º.
A segunda etapa do campeonato de F1 daquele ano foi em Interlagos. Naquela época, Interlagos era um circuito que apresentava 8 km de extensão, com várias encostas na parte externa e curvas em 180° longos e rápidos, com ondulações que exigiam o máximo do carro e do piloto. Era a segunda vez que a F1 correria por lá de forma oficial.
                                                      Ingresso do GP Brasil de 1974.
Emerson aproveitou sua experência no circuito e anotou a pole, com uma diferença de 1 segundo à frente de Carlos Reutemann. O terceiro lugar foi para Niki Lauda e em 4º estava Ronnie Peterson. A terceira fila era ocupada pelo segunda Lotus de Jack Ickx e o Shadow de Peter Revson. Na quarta fila estava a terceira McLaren, condizida por Mike Hailwood e a Ferrari de Regazzoni. Pace sairia em 12º, com seu Surtees.
                                                         Lauda e sua Ferrari: ele e…
                              Peterson não sabiam do azar que teriam durante a corrida
Para o dia da corrida, 27/01, a previsão do tempo anunciara que iria chover e o rei da chuva na época, Jacky Ickx, era o favorito. A tática que Emerson traçou era abrir uma grande diferença para a eventual troca de pneus por causa da chuva. O dia amanheceu cinza, quente e abafado e lá foram eles para a largada.

O encarregado da largada abaixou a bandeira cedo demais e Emerson acabou sendo ultrapassado por Reutemann e Peterson, caindo para a 3ª posição, enquanto que a Ferrari de Lauda se arrastava por causa de problemas mecânicos.
Porém, Reutemann escolheu um conjunto de pneus mais macio, que se degradaram rapidamente por causa do calor. Reutemann diminui o ritmo,  Peterson e Emo avançam e conseguem fazer a ultrapassagem em cima do argentino. Os dois antigos companheiros de Lotus passam então a travar um grande duelo pela liderança da prova.
Ronnie Peterson e Emerson Fittipaldi brigando pela liderança




Para a infelicidade de Peterson, ele é obrigado a fazer um pit depois de 19 voltas por causa de um furo em um dos pneus. Fittipaldi assume a liderança e na volta 29 começa a forte chuva “programada”. O diretor da prova, o brasileiro Mario Patti, até que esperou mais três voltas, mas chuva piorou. Como havia dois terços da prova (total de 40 voltas), ele resolveu encerrar o  GP na 32ª volta.
Emerson liderava com 13 segundos à frente da Ferrari de Clay Regazzoni, que na época reclamou da decisão, dizendo que o diretor da prova beneficiou Emerson. Mas acho que Regazzoni não iria tirar 13 segundos em 8 voltas.
                           A vitória acabou caindo no colo de Emerson Fittipaldi.

E Regazzoni reclamou mas não levou.

Completando o pódio ficou Jacky Ickx, com a Lotus, seguido de José Carlos Pace, Mike Hailwood e Ronnie Peterson.

                   José Carlos Pace chegou em quarto. No ano seguinte ele que venceria.

Foi a segunda vitória seguida do brasileiro na pista paulista. Metódico, Emerson ganhou mais duas corridas ao longo da temporada e levou o título em cima de Clay Regazzoni.

                              Pódio: Emerson ao lado de Regazzoni e Ickx.

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